sábado, 1 de agosto de 2015

As luzes

E com o passar dos dias as marcas das pegadas se apagam. A trilha de folhas secas se esvai. Com o passar das horas os pensamentos mudam, os hormônios sincronizam o relógio biológico, é a luta pela sobrevivência. A lama seca, os poros transpiram, e exalam. O banhar na fonte contínua, com seu  fluxo pelo caminho das pedras, mesmo precipitando e voltando pro início, elas continuam, em frente, sempre em frente. O pressuposto de querer não é sofrer, a cobiça amarga, que envenena a garganta, que enfraquece a alma. O olhar pra trás displicente. O turbilhão de mil pensamentos, bons e ruins. O reluzir fraco da lâmina gasta, o sangue seco, com feridas se fechando. O cortar dos pontos profundos, um por fim de abrir os olhos, balançar a cabeça, molhar-se na água fresca e seguir, em frente, sempre em frente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário