segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Mostre sua mágica


Turn your magic on, to me she'd say
Everything you want's a dream away
Under this pressure, under this weight
We are diamonds

I feel my heart beating
I feel my heart underneath my skin
I feel my heart beating
Oh, you make me feel
Like I'm alive again
Alive again
Oh, you make me feel
Like I'm alive again










Procura-se

Porque eu ando na rua com medo de te ver. Eu entro no ônibus com medo de você. Eu vejo seu sobrenome em qualquer lugar, e eu quero esquecer. As ruas têm seu nome, meu perfume tem seu cheiro, em algum lugar eu me deixei pra levar você, e eu não sei onde me buscar. Eu só quero ir pra casa e não quero que você esteja lá. Mesmo quando me deito sozinho, você não me deixa. Eu canto pra melhorar e a letra é você. Eu fujo de coisas que nem deveriam doer.
E por fora tá sempre tudo sereno, mas por dentro me sinto morrer cada minuto que eu luto pra viver sem lembrar que conheci você. Não consigo me ocupar sem fingir que me ocupo pra não pensar em você. E se alguém ousar me invadir, vai encontrar toda a bagunça que você deixou e eu ainda não consegui arrumar.
Talvez seja por isso que eu não receba visitas, meu coração ainda sofre para pulsar. Tudo o que era simples pra mim, você só fez complicar e eu preciso me desculpar com todos que tentaram e eu não consegui me entregar. Falta muita coisa pra apagar, ainda tenho lágrimas pra dar, tenho muito cinza pra colorir, muita semente para plantar, e eu só quero paz no final do dia e descansar de toda a exaustão que foi te amar, sabia?

Você se foi, mas sua presença continua aqui, me causando agonia. Hoje faz um ano que eu não consigo sentir sono sem gastar horas me odiando por ainda lembrar do amor idiota que eu permiti me derrubar.

Autor desconhecido

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Folhas de papel

Eu sei, já tivemos essa conversa. Eu sei, que pra você de certa forma é um assunto encerrado, lacrado, fechado e exorcizado. Eu sei, que falar de finais e divagar de como cada um seguiu seu rumo parece ser inútil, e na verdade é, mas isso é outra história.

O que eu ainda não sei é lidar com isso tudo, o que eu não sei é imaginar o compartilhamento e a entrega de coisas tão nossas com outro alguém. Que agora sei quem. Será que você compartilha nossos segredos, faz juras, e o sorriso que você troca, é tão sincero quanto foi comigo? Na cama a satisfação é a mesma ou maior.

Talvez seja a velha história de que se cura feridas apenas a base de aperto, fogo, força, gritos, pele queimada e por fim a formação da cura, do alívio, da contemplação. Isso como se toda ferida precisasse de uma saga até ser cicatrizada.

Talvez isso tudo seja a tomada de um atalho, um caminho mais fácil para que alcance por fim o objetivo de todo término que é o esquecimento. Como numa construção de uma estrada, terraplanar a terra seca no verão, antes que o inverno chegue e molhe tudo de novo.

Já me disseram que a forma certa de encarar as coisas é deixar de querer virar uma página, mas sim querer um livro novo. Concordo. Mas até que ponto esse pragmatismo é viável, ou em matéria de pós-amor viremos todos nazistas?

O que eu sei é que a ferida é profunda, profana, mundana. Os motivos? Não sei, talvez por ainda sem querer na roda de amigos lembrar de ti, de mim, de coisas nossas, até mesmo quando brincam com alguém que fala com sotaque engraçado, ou quando observo alguém olhar o Menu com olhar sério ou simplesmente fechar os olhos e lembrar dos teus olhos negros como petróleo e ouvir dentro de mim sua gargalhada estranha, escandalosa e contagiante.

O que talvez eu precise mesmo é de comprar meu livro novo, um de capa grossa, e um título em caixa alta. Ou quem sabe um livro fino com figuras. Para ler nas tardes livres, ou enquanto deixo de lado as obrigações da faculdade para ter um momento só meu.

Quem sabe isso me tire essa ideia, que sabe-se lá por qual motivo, me pego pensando em voltar ao meu livro antigo, abrir e querer ler até o final dessa história, que não parece ter fim.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O mundo e seus exploradores

É incrível o poder devastador que a mudança de ares proporciona. Mudar o percurso de casa para o trabalho, viajar para um local diferente do seu comodismo, decidir provar um Temaki pela primeira vez. Mas esse culto ao novo e desconhecido possui, como tudo dois lados.
A sensação incômoda de levar uma nova paquera no restaurante preferido de outro alguém, tentar se enturmar com amigos de amigos, depois de ficar confinado em um relacionamento por muito tempo.

O novo é sempre melhor dizem, mas e se não o for?

Quando se fala em recomeços, é interessante a relação de associação que fazemos. Sabe aquela pessoa que você há uns meses não lhe chamaria a atenção? Pois ela agora parece ser bem mais palatável e seus sentidos se aguçam mais, agora sua timidez já diminuiu (mesmo assim você ainda tem receio de mandar mensagem para aquela pessoa da sua lista de contatos que você acha interessante) A busca pelo novo acredito eu, foi o que nos moveu até o presente momento.

E será que existem motivos para pararmos de andar em frente, de acreditar que aquele Match no tinder com alguém acima das expectativas não é algo que vale a pena tentar. De acreditar que o julgamento alheio te afeta. 

As mudanças, as novas perspectivas nos moldam, isso tão certo quanto desejar bom dia para um desconhecido. Hoje, acredito mais do que antes, somos mais reféns de uma rede oculta de pensamentos, nos privamos de novas experiências, fazemos um autocontrole de atitudes. O se, se e se.... e os suspiros de que poderia ter feito algo diferente... são grilhões cada vez mais pesados, pássaros em gaiolas, fagulhas de chama, meias palavras.