quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O mundo e seus exploradores

É incrível o poder devastador que a mudança de ares proporciona. Mudar o percurso de casa para o trabalho, viajar para um local diferente do seu comodismo, decidir provar um Temaki pela primeira vez. Mas esse culto ao novo e desconhecido possui, como tudo dois lados.
A sensação incômoda de levar uma nova paquera no restaurante preferido de outro alguém, tentar se enturmar com amigos de amigos, depois de ficar confinado em um relacionamento por muito tempo.

O novo é sempre melhor dizem, mas e se não o for?

Quando se fala em recomeços, é interessante a relação de associação que fazemos. Sabe aquela pessoa que você há uns meses não lhe chamaria a atenção? Pois ela agora parece ser bem mais palatável e seus sentidos se aguçam mais, agora sua timidez já diminuiu (mesmo assim você ainda tem receio de mandar mensagem para aquela pessoa da sua lista de contatos que você acha interessante) A busca pelo novo acredito eu, foi o que nos moveu até o presente momento.

E será que existem motivos para pararmos de andar em frente, de acreditar que aquele Match no tinder com alguém acima das expectativas não é algo que vale a pena tentar. De acreditar que o julgamento alheio te afeta. 

As mudanças, as novas perspectivas nos moldam, isso tão certo quanto desejar bom dia para um desconhecido. Hoje, acredito mais do que antes, somos mais reféns de uma rede oculta de pensamentos, nos privamos de novas experiências, fazemos um autocontrole de atitudes. O se, se e se.... e os suspiros de que poderia ter feito algo diferente... são grilhões cada vez mais pesados, pássaros em gaiolas, fagulhas de chama, meias palavras. 

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