Porque eu ando na rua com
medo de te ver. Eu entro no ônibus com medo de você. Eu vejo seu sobrenome em
qualquer lugar, e eu quero esquecer. As ruas têm seu nome, meu perfume tem seu
cheiro, em algum lugar eu me deixei pra levar você, e eu não sei onde me
buscar. Eu só quero ir pra casa e não quero que você esteja lá. Mesmo quando me
deito sozinho, você não me deixa. Eu canto pra
melhorar e a letra é você. Eu fujo de coisas que nem deveriam doer.
E por fora tá sempre tudo sereno, mas
por dentro me sinto morrer cada minuto que eu luto pra viver sem lembrar que
conheci você. Não consigo me ocupar sem fingir que me ocupo pra não pensar em
você. E se alguém ousar me invadir, vai encontrar toda a bagunça que você
deixou e eu ainda não consegui arrumar.
Talvez seja por isso que eu
não receba visitas, meu coração ainda sofre para pulsar. Tudo o que era simples
pra mim, você só fez complicar e eu preciso me desculpar com todos que tentaram
e eu não consegui me entregar. Falta muita coisa pra apagar, ainda tenho
lágrimas pra dar, tenho muito cinza pra colorir, muita semente para plantar, e
eu só quero paz no final do dia e descansar de toda a exaustão que foi te amar,
sabia?
Você se foi, mas sua
presença continua aqui, me causando agonia. Hoje faz um ano que eu não consigo
sentir sono sem gastar horas me odiando por ainda lembrar do amor idiota que eu
permiti me derrubar.
Autor desconhecido
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