sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Coisas pequenas


As coisas vão caminhando, passando entre calmarias e furacões, o céu se esbraveja e fica negro e raivoso, mas no fim se abre como num sorriso para os seres pequenos e que acreditam serem tão poderosos.

A vida anda, entre labirintos tortuosos, mas também entre pausas para um café passado na hora e um livro gostoso de ser devorado pelos olhos famintos.

As pessoas saem de nossas vidas, e parecem levar embora nossa essência, e a imagem de um vazio existencial, que arde como ferro quente ao tocar na pele, parece ser a única coisa que iremos sentir por uma eternidade, sem fim.

Saber olhar para a própria dor, entender o que se passa no seu mais íntimo é importante. Mas se prender a isso é uma bobagem, sem fim. Afinal não somos os únicos, e existe um mundo a se descobrir (e outros que ainda estão descobrindo - Vê se acha um legal ai NASA).

Às vezes, o passo para seguir em frente, é sentar na janela do avião e observar de cima o conjunto de casas, carros, pessoas, cachorros e prédios, que não param enquanto você está longe. Eu não quero me prender no meu mundinho particular, com tanta coisa viva e animada, assustadora, que dá medo, que me apaixona e me repulsa lá fora.


Há quanto tempo você não sai do seu quintal e vê como a vida acontece lá fora¿

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