terça-feira, 13 de setembro de 2016

Faz parte do meu show



Só te peço, que ao entrar na minha casa, bata na porta. Não gosto de surpresas quando minha mobília está pelo avesso.

Não te proíbo de entrar, tampouco ignoro suas batidas surdas durante meu sono velado. Não tenho medo de noticias ou juras sinceras. Mas te peço um tempo, tempo para jogar uma água no rosto, enxugar na minha toalha manchada, de todas as vezes que fui pego de surpresa e não pude ter o meu próprio tempo. O tempo hábil de preparo.

A gente vai sempre, andando, quebrando a cara, achando que quanto mais rápido os aviões modernos voam, ou quanto o seu 4G carrega uma página, a sensação de que o tempo corre mais rápido, aumenta.

Mas o tempo é muito particular, dizem que é único, individual, que é indivisível e não pode ser medido ou pesado. E isso, eu compartilho.

Se Cazuza queria ‘’uma ideologia pra viver’’, uma boa seria a de respeitar o tempo de cada um. Tempo pra tudo, até pra responder aquela mensagem no whats, que você não visualiza, e acha que ninguém percebe que você tá online.


 A questão final, é que se você acha que vale a pena, insista, mas claro se insistir muito e cansar, cai fora, afinal se vive só uma vez e mais que tudo, tenha paciência, as coisas boas, com algumas exceções, são feitas com o respeito mútuo do tempo.

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